Carlos Starling

O TEMPO SEM TEMPO

53 crônicas da Pandemia​

As crônicas de Carlos Starling, gradualmente, converteram-se em marca do tempo sem tempo, do tempo espiralado de uma doença coletiva como a Covid-19, que teve a potencialidade de fazer tudo parar. (Lilia Schwarcz)

SOBRE O AUTOR

Carlos Starling

É médico infectologista e especialista em Medicina Preventiva e Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), formado em 1982. Atualmente é membro consultor científico da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e vice-presidente da Sociedade Mineira de Infectologia (SMI), além de membro e parceiro científico das mais prestigiosas sociedades e instituições científicas mundiais.

Ao longo das últimas décadas, atuou ativamente no controle das epidemias de AIDS, febre amarela, dengue e H1N1, sendo uma fonte para a imprensa nacional para esclarecimentos sobre estes e outros graves problemas de saúde pública. Além da área científica, é autor de um livro de poesias, Guardanapos (2016), e colunista do jornal Estado de Minas, versão on-line, desde 2019.

SOBRE O LIVRO

O TEMPO

SEM TEMPO

O olhar crítico e sensível destas crônicas de Starling para esse triênio com ares de século nos evoca, entre tantos férteis registros, a máxima do pensamento Gramsciano de que “o pessimismo da inteligência não deve abalar o otimismo da vontade”. Dor e derrota não precisam ser paralisantes; ao contrário. Em nós que tivemos o privilégio de cuidar e de conviver com os muitos que se foram, elas nos encorajam e iluminam, como uma epifania. 

Margareth Dalcolmo

Margareth Dalcolmo

As crônicas de Starling, com o tempo, converteram-se em marca do tempo sem tempo, do tempo espiralado de uma doença coletiva como a covid-19, que teve a potencialidade de fazer tudo parar. Atento, o médico anota e se pergunta sobre o momento histórico que nos foi dado viver, bem como registra seu espanto diante de um vírus que invadiu o planeta e transformou nossas vidas no espaço de uns poucos dias.

Lilia Schwarcz

Lilia Schwarcz

PALAVRAS CARINHOSAS DE QUEM LEU

Com relação ao Dr. Carlos Starling, o “Pavão” para os íntimos, me interessa falar do invisível, do não dito, dos silêncios. Fiz com ele, durante quase dois anos, de segunda a 6ª-feira, o #15mindepapo, no Instagram. Nunca foram só 15 minutos – maioria das vezes, 20 ou 30 minutos, informação de conteúdo para aquele tempo sofrido da pandemia.

Da ordem do invisível, as rondas diárias nos hospitais, atendendo doentes, coordenando equipes, diagnosticando. E enfrentando a impotência frente às mortes – às centenas de mortes que ele viu e sofreu em silêncio.

No campo do não dito, a gratidão. A sua dedicação integral como voluntário no Comitê de Enfrentamento da Covid-19 da Prefeitura de Belo Horizonte, gestão de Alexandre Kalil, foi um exemplo. Sua atuação salvou vidas.

Em O tempo sem tempo estão reunidas as mais interessantes crônicas publicadas durante este período. É um percurso histórico composto de lembranças que nos preparam para o futuro. Textos em que o bom astral está presente, sempre, apesar de tudo.

E o mais importante: prevaleceu a verdade, num tempo de tanta mentira, ao lado da Ciência, que tão bem se fez representar neste ser humano inigualável, repleto de compaixão e amor ao próximo.

Dr. Carlos Starling, Belo Horizonte lhe agradece.

E seus leitores também.

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Afonso Borges

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